Nasci em 28 de dezembro de 1972, em um bairro do subúrbio carioca chamado Piedade. Minha família era de classe média baixa. Meu pai era um semianalfabeto, nascido em João Pessoa – Pb. Se mudou para o Rio de Janeiro na adolescência. No exército virou halterofilista, nas horas vagas surfista. Já adulto começou a trabalhar como barbeiro e depois se tornou cabeleireiro. Chegando a ser sócio de um dos primeiros ”Salões Unissex” do RJ. A minha mãe, carioca, não completou o ensino fundamental II. Conheceu meu pai na praia, amor a primeira vista. Era secretária de um escritório de contabilidade, mas largou o emprego quando casou (aos 19 anos). Eu sou a caçula de duas filhas. Na infância morava em uma vila onde haviam vários gatos de rua. Acredito que veio daí minha paixão por animais.

Acho que por ter tido uma infância livre, independente mas sem luxos desenvolvi a capacidade de me adaptar a qualquer situação. Seja ela boa ou não. Mas mantive a vontade de me aprimorar, e crescer na vida. Me apaixonei por “aprender”! Sempre que posso aprendo algo novo, pode ser um idioma, fazer uma comida diferente, fazer tricôt, ou uma nova profissão. E acabei descobrindo que quanto mais eu aprendo mais quero aprender, virou “um vício”. Durante a pandemia me descobri “Chef de cozinha”, vi que conseguia fazer peças de roupas maravilhosas de tricôt, e tudo de forma independente, buscando na internet. Ainda na pandemia percebi o quanto meus amigos são importantes na minha vida. Vi tantos brigando por política, vacinas, ideologias. Perdi amigos para o COVID19. Concluí que os fins não justificam os meios. Não importa quem esta certo, o importante é sermos felizes. Me descobri uma pessoa ponderada, equilibrada e apaziguadora. Qualidade que me acrescentou muitos amigos verdadeiros ao longo da vida.

Nunca tive incentivos de ninguém da minha família. Por mais doloroso que seja lembrar as inúmeras vezes que eles me diziam que eu jamais seria “alguém na vida”, eu preciso lembrar de tudo que já vivi, tudo que conquistei, e olhar até onde cheguei. Sou graduada em Administração. Sou empresária. Casada com o mesmo marido há 32 anos. Tenho dois filhos maravilhosos. Tenho uma confortável casa. Estabilidade financeira. Sou criadora de cães, da raça que mais amo (Dobermanns). Mas a insegurança gerada pela falta de incentivo, na infância e adolescência, me acompanha até hoje. Sempre tenho que revisitar minhas conquistas para acreditar que sou capaz. 

Desde que me entendo por gente desejei ser veterinária, ou como eu falava “médica de bichos”. Aos 14 anos fui trabalhar em uma clínica veterinária como auxiliar. Fiquei lá até os 17, quando terminei o ensino médio e descobri que não poderia cursar a minha tão sonhada universidade. Naquela época só tinha uma universidade no RJ, e era longe (eu teria que me mudar para lá), período integral (não poderia trabalhar). Como fazer? Desisti. Aos 22 decidi cursar administração de empresas “só para ter um diploma”. Trabalhei no mercado financeiro, mas aos fins de semana era tosadora de cães (uma maneira de ficar perto dos animais). Aos 25 abandonei o mercado financeiro e decidi trabalhar com animais em tempo integral, como tosadora e comportamentalista. Aos 29 montei minha própria PetShop, mas vendi após 8 anos (ela existe até hoje). Comecei a trabalhar com eventos corporativos, isso deu um upgrade na minha vida financeira. Afinal trabalhar com o que amamos é muito bom, mas todos temos que pagar as contas não é?

Aos 44 me mudei para SP, mais uma vez decidi recomeçar do zero. Como não estava trabalhando resolvi me entreter com cães, comprei meu segundo dobermann. Iniciei minha jornada como criadora. Estudei muito. Participei de muitos eventos de cães. E em uma conversa com meu marido surgiu a pergunta: “por que você não faz faculdade de Veterinária?”. Pensei: Sério? Aos 49 anos? Iniciar uma faculdade? Mas eu mesma me respondi. Esse é um sonho de uma vida inteira. Mesmo que depois eu não trabalhe com isso. Mesmo que eu trabalhe e não ganhe muito dinheiro. Eu quero! Eu vou!

Afinal, sou protecionista animal! Luto pela conservação e preservação das espécies. 

E como a política entrou na minha? Pois bem. Faço parte de um movimento criado por mães, chamado AGIR. Seu propósito é trabalhar junto a escola no combate e prevenção ao bullying, e também na valorização da vida. O movimento cresceu, tomou forma, e precisou ter mais visibilidade. Além disso também faço parte do grupo MULHERES DO BRASIL, núcleo Barueri. E recentemente tivemos o lançamento do Comitê de Enfrentamento ao Tráfico Humano. 

Além disso luto pela causa animal. Pelo bem estar. Contra os maus tratos. Pela manutenção, criação e preservação das espécies. 

Esses temas são de suma importância, e somente com o apoio de políticos conseguiremos leis que concretizem nossas necessidades. E como ter apoio desses políticos? Sendo um deles!

Saí candidata a Deputada Estadual nas eleições de 2022, infelizmente meu partido não alcançou o coeficiente eleitoral necessário. Mas me apaixonei pela política. Em 2023 recebi um convite irrecusável de criar o Diretório do PL Mulher em minha cidade. Óbvio que não recusei! Como Presidente do PL Mulher fiz questão de compor nossa diretoria com mulheres fortes e guerreiras das comunidades de nossa cidade. Tenho muito orgulho do time que montamos!

E a pedido do partido estou agora como Pré Candidata a Vereadora de nossa cidade!